A Cor do Mundo
- Thainá Moreira
- 23 de jun. de 2016
- 2 min de leitura

O ancião descansava sentado em um velho banco à sombra de uma árvore, quando foi abordado pelo motorista de um automóvel que estacionou a seu lado:
- Bom dia!
- Bom dia! Respondeu o ancião.
- O senhor mora aqui?
- Sim, há muitos anos...
- Venho de mudança e gostaria de saber como é o povo daqui. Como o senhor vive aqui há muito tempo deve conhecê-lo muito bem?
- É verdade, falou o ancião. Mas por favor me fale antes da cidade de onde vem.
- Ah! É ótima. Maravilhosa! Gente boa, fraterna... Fiz lá muitos amigos. Só a deixei por imprevistos da profissão.
- Pois bem, meu filho. Esta cidade é exatamente igual. Vai gostar daqui.
O forasteiro agradeceu e partiu.
Minutos depois apareceu outro motorista e também se dirigiu ao ancião:
- Estou chegando para morar aqui. O que me diz do lugar?
O ancião lançou-lhe a mesma pergunta:
- Como é a cidade de onde vem?
- horrível! Povo orgulhoso, cheio de preconceitos, arrogante! Não fiz um único amigo naquele lugar horroroso!
- Sinto muito, meu filho, pois aqui você encontrará o mesmo ambiente.
Todos vemos no mundo e nas pessoas algo do que somos, do que pensamos, de nossa maneira de ser. Se somos nervosos, agressivos ou pessimistas, veremos tudo pela ótica de nossas tendências, imaginando conviver com a gente assim.
Em outras palavras, o mundo tem a cor que lhe damos através das nossas lentes. Se nossas lentes estão escurecidas pelo pessimismo, tudo à nossa volta nos parecerá escuro. Tudo, para nós, parecerá constantemente envolto nas trevas.
Se nossas lentes estão turvadas pelo desânimo, o universo que nos rodeia se apresenta desesperador. Mas se ao contrário, nossas lentes estão clarificadas pelo otimismo, sentiremos que em todas as situações há aspectos positivos.
Se o entusiasmo é o detergente das nossas lentes, percebemos a vida em variados matizes de luzes e cores.
A cor do mundo, portanto, depende da nossa ótica. O exterior estará sempre refletindo o que levamos no interior.
O otimismo é gerador de adrenalina emocional, que estimula o sangue, impulsionado ao avanço, à alegria. Cultivando- nos sentimentos adquirimos visão para perceber o lado bom da vida que nos rodeia.
Nos céus dos que vivem com otimismo e confiança em Deus, sempre haverá andorinhas bailando no ar pronunciando gloriosas primaveras.
"Procura conviver entre pessoas que te ensinem a caminhar entre as estrelas. Porém, quando encontrares a luz, não a negues aos que ficaram nas trevas".
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